Porque se chama “Caderno”?
- Alberto Carvalho - Narrador

- 30 de jul.
- 2 min de leitura
📎 Perguntas adicionais para a FAQ do Caderno:
Porque se chama “Caderno”?
Porque é onde se escreve com margem. Onde cabem as rasuras, os parágrafos interrompidos, os segredos não entregues. Um caderno é mais íntimo do que um livro, menos solene que um jornal — e, por isso mesmo, mais verdadeiro.
O Caderno tem datas fixas de publicação?
Não. Publica-se quando há algo que precise de ser dito. Às vezes, o silêncio também faz parte do que se escreve.
Posso comentar os textos?
Ainda não. Estamos a estudar formas de permitir o diálogo sem que ele se transforme em ruído. Para já, os comentários chegam por carta ou por dentro.
Porque é que alguns textos parecem cartas e outros parecem contos?
Porque cada texto nasce com a sua forma. Há dias em que se escreve como quem pede desculpa. Outros, como quem conta o que não aconteceu. Mas todos dizem algo que não podia ficar por dizer.
Se ainda não leu o segundo conjunto de perguntas, está aqui à distância de um gesto:
Há alguma ligação entre os textos e a realidade política?
Sim. Mas não é literal. A realidade aparece como um eco, não como manchete. Escreve-se para contrariar o esquecimento — mesmo quando o tema é invisível.
Os textos falam de política?
Falam da realidade — quando ela se impõe. Às vezes é uma notícia, outras uma injustiça. Nem sempre é política no sentido estreito, mas é sempre escrita com consciência do tempo em que vivemos.
Porque é que não aparecem fotografias de quem escreve?
Porque a escrita é a única assinatura que nos interessa. Os rostos mudam. As palavras ficam.
Há algum compromisso ideológico?
Sim: com a liberdade, com a justiça e com a ternura. O resto é ruído.
É possível colaborar de outras formas?
Sim. Lendo com atenção. Partilhando com critério. E, se quiser mesmo muito, escrevendo-nos uma carta — daquelas que se leem devagar.




Ideia genial. Obrigado pela excelência dos textos
É desafiante... excelente ideia!
Uma ideia brilhante. Parabéns!