Se Eu Criasse Um Lugar
- Alberto Carvalho - Narrador

- 27 de jul.
- 2 min de leitura
A todos os que me leem
Recebi um vídeo belo.
Partilho apenas um excerto do vídeo, por respeito aos direitos de autor e à criação de quem o fez.
Um daqueles em que as palavras chegam antes das lágrimas.
E lembrei-me de vós.
Porque, para dizer a verdade, não sei bem como agradecer tudo o que me escrevem.
As mensagens, os comentários, os gestos.
Tantos pedidos de amizade que já não posso aceitar.
Tantas pessoas a sugerir que crie uma página só para os textos.
Para poderem acompanhar melhor.
Mas eu não estava à espera disto.
Sempre escrevi.
Mas escrevia para poucos.
E, no fundo, ainda escrevo assim: como se fosse só para um de vós.
Para quem se senta ao lado e escuta.
Nunca imaginei chegar a este ponto.
Já não consigo responder a todos. E custa-me.
Mas leio tudo. Cada linha. Cada reação.
Por vezes volto atrás e releio.
Coloco um gosto, um coração — não por distração, mas como quem agradece em silêncio.
A vossa atenção toca-me.
As vossas palavras fazem eco dentro de mim.
Não sou eu que sou importante.
Importante é quem lê com alma.
Quem escuta com cuidado.
Quem escreve, quem partilha, quem se dá ao trabalho de sentir.
Vocês — sim, vocês — são os que eu amo.
Um amor calado, mas inteiro.
Um amor de quem agradece com as mãos cheias e a voz embargada.
E, por isso, pergunto:
Se eu criasse essa tal página — só para os textos — aprovariam?
Ajudar-me-iam a levá-la mais longe?
A fazer dela um lugar de encontro, de leitura, de silêncio partilhado?
Talvez esta seja a hora. Ou talvez não.
Mas digam-me, amig@s.
AC




Comentários