Trégua em marcha lenta
- Helena Vale

- 12 de ago.
- 1 min de leitura
Atualizado: 14 de ago.
Trégua em marcha lenta
Wall Street encerrou ontem no vermelho, ainda que com perdas ligeiras, depois de Donald Trump ter assinado a prorrogação, por mais 90 dias, da trégua comercial entre os Estados Unidos e a China.
O acordo, inicialmente estabelecido em maio, visava travar a escalada de tarifas entre as duas maiores economias do mundo.
Os números ficaram registados: Dow Jones -0,45%, S&P 500 -0,20% e Nasdaq -0,30%.
Nada dramático, mas o suficiente para lembrar que os mercados não vivem apenas de assinaturas — precisam de sinais concretos.
A decisão, já antecipada pelo secretário do Comércio, Howard Lutnick, chegou enquanto delegações norte-americanas e chinesas se encontravam na Suécia, em busca de um alinhamento mais estável.
O problema, como sempre, é que tréguas não são tratados de paz.
Funcionam como um intervalo no jogo, mas as equipas mantêm-se em campo, olhando o adversário com desconfiança.
A economia global assiste, prende a respiração… e continua a ajustar-se a cada rumor.
Enquanto isso, o investidor comum — esse que não tem assento nas mesas de negociação — continua a depender de decisões tomadas a portas fechadas e de calendários que não controla.
Talvez a verdadeira questão não seja quando termina a trégua, mas o que acontecerá no minuto seguinte.
Helena Vale — Mapa de Coisas Sérias




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