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Alberto Carvalho — Narrador para quem ainda escuta as palavras

O espaço de Alberto Carvalho, crónicas, contos e reflexões para quem lê devagar

Trégua em marcha lenta

Atualizado: 14 de ago.

Trégua em marcha lenta


Wall Street encerrou ontem no vermelho, ainda que com perdas ligeiras, depois de Donald Trump ter assinado a prorrogação, por mais 90 dias, da trégua comercial entre os Estados Unidos e a China.


O acordo, inicialmente estabelecido em maio, visava travar a escalada de tarifas entre as duas maiores economias do mundo.


Os números ficaram registados: Dow Jones -0,45%, S&P 500 -0,20% e Nasdaq -0,30%.


Nada dramático, mas o suficiente para lembrar que os mercados não vivem apenas de assinaturas — precisam de sinais concretos.


A decisão, já antecipada pelo secretário do Comércio, Howard Lutnick, chegou enquanto delegações norte-americanas e chinesas se encontravam na Suécia, em busca de um alinhamento mais estável.


O problema, como sempre, é que tréguas não são tratados de paz.


Funcionam como um intervalo no jogo, mas as equipas mantêm-se em campo, olhando o adversário com desconfiança.


A economia global assiste, prende a respiração… e continua a ajustar-se a cada rumor.


Enquanto isso, o investidor comum — esse que não tem assento nas mesas de negociação — continua a depender de decisões tomadas a portas fechadas e de calendários que não controla.


Talvez a verdadeira questão não seja quando termina a trégua, mas o que acontecerá no minuto seguinte.


Helena Vale — Mapa de Coisas Sérias


Gráficos financeiros a mostrar a queda dos índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq, refletindo o impacto do prolongamento da trégua comercial entre os Estados Unidos e a China.
Gráficos de Wall Street em queda após prolongamento da trégua EUA-China

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